Goiânia, 5 de outubro de 2016
Tornar a Agência Brasil Central (ABC) autossuficiente econômica e administrativamente. Esta foi a tônica da primeira grande reunião de trabalho entre o presidente Humberto Tannús Júnior e os servidores da autarquia, realizada na terça-feira, 4. “Precisamos tornar nossa agência mais eficiente, rentável e forte comercialmente”, destacou Tannús no início de sua fala.
Segundo o presidente, o Estado já havia feito um detalhado estudo sobre a atual situação da ABC e o prognóstico não era nada animador, com despesas sempre mais altas do que receitas. “Quando cheguei aqui, realizamos outros estudos, constituímos Grupos de Trabalho, fizemos um planejamento estratégico com metas de curto e médio prazo e chegamos à conclusão de que a agência é viável, sim. Mas, para isso, seriam necessárias mudanças”.
Para reestruturar e revitalizar os veículos de comunicação que integram a ABC, a Diretoria Executiva da autarquia irá firmar um acordo de gestão com a Secretaria Estadual de Gestão e Planejamento (Segplan). “Neste acordo constam obrigações da ABC, como também da Secretaria da Fazenda, da própria Segplan e da Casa Civil”, esclareceu. “Nosso principal objetivo é equilibrar nossas contas. Quando as receitas forem maiores do que as despesas, esse dinheiro ficará aqui na agência e não mais irá para o Tesouro Estadual. Teremos a autonomia para investir de acordo com nossas demandas e necessidades sem precisar do aval da Sefaz”, completou Tannús.
De acordo com o presidente, para aumentar a arrecadação, algumas medidas já começaram a ser tomadas e outras saem do papel em breve: a automação do Diário Oficial do Estado; a implantação de um Núcleo de Apoio Técnico e outro Comercial (este com prospecção proativa de anunciantes); a normatização dos contratos dos programas terceirizados na agência; além da revitalização das rádios AM e FM e da conclusão do processo de digitalização da TBC.
Já os gastos precisarão ser diminuídos com reduções no número de contratos, serviços e pessoal. O acordo de gestão prevê o remanejamento de 30% dos servidores da agência para a Segplan, que irá realocar esses funcionários para órgãos onde há déficit no Estado, como Secretaria da Cidadania, da Fazenda, Segplan, Agetop, Conselho Estadual de Educação e Centro Cultural Oscar Niemeyer. “Gostaria de frisar que esses servidores não serão exonerados e nem terão alterações salariais”, afirmou Tannús.
Quando questionado sobre a carga horária que os funcionários deverão cumprir nos novos locais de trabalho, o presidente confirmou que será a mesma que já cumprem na ABC. “Os servidores serão chamados para entrevistas nesses órgãos, mas durante o período de transição continuam na agência”. “A lista com os nomes desses servidores estará disponibilizada no Recursos Humanos e nos murais da agência”, respondeu também a outra pergunta de colaborador.
CONTRAPARTIDA – Além de ter autonomia financeira e determinar como o dinheiro será gasto, com o contrato de gestão, a ABC terá como contrapartida a extinção de um decreto que versa sobre a gratuidade dos exemplares do Diário Oficial. “Atualmente nenhum órgão do governo paga pelo nosso Diário Oficial. Isso não se justifica economicamente e nem faz sentido. Se nós pagamos pelo emplacamento dos nossos veículos no Detran, pagamos água para a Saneago, energia para a Celg, por que não vamos cobrar pelo serviço que prestamos? ”, questionou Tannús. “Com essa cobrança, também teremos um acréscimo substancial em nossa receita”.
Por fim, Tannús lembrou ainda que o site Goiás Agora passará a fazer parte da estrutura da Casa Civil e que o serviço de sonorização externa será transferido para o Cerimonial do Palácio. “Sei que mudanças são desconfortáveis, sou também funcionário público de carreira, mas para conseguirmos outros resultados, temos que mudar a forma de agir”.
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